não seria eu se não fosse desse jeito nervoso que eu faço as coisas. sempre pulando etapas, numa ansiedade e pressa de viver. parece um ar afoito, engolido mas nunca aliviado, é como se eu tivesse que garantir lá na frente algo que me traga segurança. poderia eu afirmar que a minha alta velocidade é, na verdade, um mecanismo de defesa?
penso agora, para além da resposta atravessada que eu poderia ter deixado passar, que talvez eu afirme algo e faça outra coisa completamente oposta. se eu quero que o outro arrisque, eu deveria arriscar também. ninguém assinou contrato e... se lá no fundo eu quero algo diferente de tudo o que eu já tive, não me custa nada dar mais um passo, até porque dizer que não quer projetar nada reduz-se à palavras. pequenas, palavras. apenas. se os planos mudarem de direção.. sairei no lucro?
ô raio, o que eu quero afinal? que ânsia incomensurável de manipular cada passo, que confusão que me entorpece e me vicia.
acho que se não tenho e nem quero remédio, remediado está. vou me enrolar na minha própria teia.
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