hoje eu quero falar, tá dando pirepaque no tico e no teco que querem papear até não poder mais hoje. quem sabe por ânimo já que as dores de cabeça vão acabar à espera de novos óculos, talvez por saber/supor que a companhia volta.
olha que gênio. tô apaixonada por esse livro, por essas linhas, que não traduzem o que eu penso, já que eu não me encaixo no exemplo primordial do livro, mas que fazem algo semelhante ao que um ancião faz com o aprendiz. ele encanta, ensina, mesmo que o conhecimento só venha quando não precisamos mais dele.
"aconselhar é mamão com mel. esquecer que você gostava mais de si quando rodeado é dose pra rinoceronte. a saudade é o subterfúgio, o cano de descarga. o ruim é saber se alivia ou amputa, se atalha ou enrosca, se arranca ou enraíza mais. lembrar fulano é como imaginar um filhotinho mimoso de gato persa sendo amarrado numa sacola de lixo escura, com nó de marinheiro e sendo jogado no oceano, além da área reservada aos tubarões brancos. alguém aí pra lhe abraçar? não, só eu aqui do outro lado, suspeitando seu lacrimejar."
diz que a saudade é algo do passado que se sente no presente, que ela é prova de que valeu à pena e de que naturalmente queremos repetir a dose. ela dá o gosto de uma relação ficar se renovando como um sistema de retroalimentação, numa tentativa de quebrar a rotina que poderia fragilizar os laços por um excesso desgastante de contato.
o desejo é descoberto e sentido pela falta, não é novidade. o que a gente não tem ao alcance das mãos provoca uma vontade de ter, talvez pelo homem ser movido pela sua curiosidade, pelo desejo de descobrir o novo.
ele foi e ja deu saudade. e é bom! pode ser bom.. mas agora, nesse instante, é bom.
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